TEMPO BREVE
Há um tempo breve em todos nós
Mais breve em alguns com menos sorte
Há uma estrada breve que se estende
Por um tempo sem fronteira ou passaporte.
Há um tempo longo que coabita
Com o tempo em que breves habitámos
É o tempo do bibe dos meninos
E dos amores e encantos que sonhámos.
Há uma história breve em cada nós
Mais breve que o sopro de uma vela
E um mar apressado onde repousa
A jazente caravela da espera.
Há um tempo breve em cada nós
Tão breve quanto o Tejo do passado
E há dentro de nós uma guitarra
Que o canto é sempre a voz do fado.
Comentários
Já não vinha cá faz tempo escrever nada mas tenho acompanhado e sempre com agrado.Quero perguntar se a professora não se importa que eu leia o poema Canto sempre Novo no aniversário da minha avó que vai fazer 86anos.
A faculdade é realmente um outro mundo, mas para si reservo sempre um lugar de eleiçao.
Passa as férias em Braga?
Beijo
João
O Canto Sempre Novo foi dedicado á minha mãe, ms ela vai ficar feliz, se o leres no aniversário da tua avó e, para mim, é uma honra.
Ainda não sei se passo as férias em Braga, mas podes telefonar e logo se vê.
Beijo
O seu blogue lembra-me que, pelo menos dentro de nós, pode existir um mundo mais belo.
Obrigada,também por isso!
Realmente é preciso aproveitar a vida e, sobretudo,sonhar que a podemos aproveitar.
Para mim, a vida vale pela natureza e por duas ou três pessoas que me amaram de coração limpo.
Digo como Miguel Torga "Devo à paisagem as poucas alegrias que tive na vida; os homens só me deram tristeza.
Quando chegares à minha idade vais compreender melhor Ricardo Reis e a sua lição de sabedoria"Vê de longe a vida/ Ela nada pode dizer-te./ A resposta está para além dos deuses. Bonifrates do destino somos".
Beijo.
Obrigada pelo sei mail. Brevemente lhe responderei, depois de acabar a correcção dos testes.
Obrigada por continuar a vir e por compreender que a poesia é o meu mundo de salvação.
Beijinho.
A tal menina é a minha irmã...
Joana
Muito obrigada e beijinho.
N'um ápice apareceu.
Nem soube bem porquê...
Quiçá para me levar...
Mas Amber Leaf e bagaço,
Puseram-nos a dialogar...
Maravilhas me contou Ele...
D'onde vinha e o que possuía...
Insinuou até que, certo dia,
Para lá me levaria...
-Será?- Questionei-me...
-Andas n'uma recruta?
-Sim, ando- respondeu -
-Estou sempre á espreita...
-Mas que espreitas?
Que procuras Ó Criatura?
-Procuro guerreiros,
Para lutas n'outra Altura...
Quando Eles do Alto descerem,
E vierem para me combater,
Eu estarei preparado,
E ter-te-hei a ti 'pra me proteger!
-Se contigo tenho que ir,
Quando me tencionas levar?
-Talvez amanha, talvez hoje...
Talvez quando o cigarro acabar...
-Árre vil criatura!
Não me levarás nunca nem agora!
Nem serás tu, Belzebu,
O cangalheiro na minha hora!
AntonioPires