Gostava eu de ser mar
saber tudo o que contém
para eu própria entender ,
e ser eu a demonstrar ,
que a vida que dele vem
é razão do meu viver.
No ar está o calor
que há de fazer mover
a água que está no mar ,
dela saindo o vapor
que faz a chuva chover
e de novo o alimentar .
Há sempre vida a jorrar ,
algas, corais, animais ,
no seu ventre generoso .
Casando o mar e o ar
até há fontes termais
nesse ciclo virtuoso .
Grande mar, o oceano
mar de todos os mares ,
seu aroma é maresia ,
das águas é soberano
e do azul dos olhares
que também é poesia
São mares de várias cores
às praias dão as areias ,
as dunas vêm dos seus ventos ,
nestas despontam amores
que ficam bailando nas veias
de amantes ternurentos
Há mares de todas as dores
gostava que assim não fosse
são as coisas como são !
São acres os seus sabores
mescla de amargo e de doce
ao jeito do coração .
Com o seu sabor a sal ,
tenha o gosto que tiver ,
há sempre um fundo cruel
nessa água sempre igual!
Mas se o coração o disser
até o fel sabe a mel.

Comentários

Anónimo disse…
Podia dizer Drª, Professora, mas digo só Isabel inesquecível!

Aulas como não deve haver em lado nenhum.


Muitas saudades.

12º Ano Turma A

Manuel Maria Torres


Belo texto


Mensagens populares deste blogue

ESTIO À BEIRA-FRIO

CHÁ D'ABRIL

Velas e rosas apaziguadas.