Ponho de um lado os encantos
|
neles ficam os meus versos
|
do outro os desencantos
|
é lá que estão seus reversos
|
As rosas têm lindas cores
|
todas têm seus espinhos
|
nos versos ponho as flores
|
troco versos por carinhos
|
Vejo as rosas no jardim
|
frenesim de passarinhos
|
e também me vejo a mim
|
em meus passos miudinhos
|
Mas há rosas de outros tons
|
também as há nos caminhos
|
veredas com outros sons
|
escondendo desalinhos
|
É que o mundo é mesmo assim !
|
Há um mundo de viver ,
|
a subir ou a descer ,
|
há princípio, meio e fim !
|
CHÁ D'ABRIL
Ah tragam-me um chá Um chá urgente de menta Ou pimenta preta Ou cidreira ou tília Um chá de sabor a terra De eucalípto ou oliveira Numa chávena de Abril. Ah, tragam-me um chá Com aroma a cravo Também pode ser Um chá em clave de Sol Ou em mi(m) maior Ah tragam-me um chá De todas as maneiras Com aroma verde Em vaso de esperança Também pode ser Tenho sede Ah tragam-me um chá De aroma de maçã Que o chá aquece A alma que fenece No frio deste Abril Em que um cravo canta Esganado na garganta.
Comentários
Gosto que tenha voltado tanto como gosto do texto.
Marcarei presença sempre que puder.
Lembra-se da Olga, professora?
Um grande beijo com muitas saudades, Mestra!