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A mostrar mensagens de dezembro, 2008

FELIZ NATAL, MENINO JESUS!

Que dizer de ti, Jesus que já não esteja dito? Ao menos, no Natal, retiram-te da cruz e retornas à pobreza da riqueza da tua criação: à luz das estrelas, à verdura do musgo, ao aconchego do burrinho que carregou contente o ventre quente de tua mãe, às ovelhas e aos pastores e ao curral onde também uma vaquinha com seu bafo te agasalhou do fino frio de Dezembro; à àgua das lavadeiras, e aos montes com neve, e ao mistério da noite. Não sei se houve pranto nas hora em que saíste, da doçura do mantnto mas na terra houve canto e no presépio sorris eternamente tranquilo, sem o calvário de espinhos e sem a pressa de cresceres para a quaresma eterna. Ao menos no Natal, retiram-te da cruz e dela todos fingem o esquecimento, até os das esmolas. Deixam-te ser menino, apenas menino de todos nós (e isto desde a era dos avós!) até que o novo ano chegue e as janeiras se cantem em dia de reis, por memória tua. Esquecem-te na cruz e reverberas de luz e faz-se a festa do teu nascimento com rabanadas de

SENHOR PROFESSOR!

Ontem assisti a uma conferência, na minha escola, sobre Fernando Pessoa. Não sei se lhe deva chamar conferência, porque, na realidade, ao que eu assisti mesmo, foi a uma aula como já não assistia há muito tempo. E pasmei! Pasmei, não só pela sabedoria, mas pelo entusiasmo com que foi dita: entusiasmo nas palavras que resplandeciam na expressão; entusiasmo nas sílabas pronunciadas com a medida exacta e que poetizavam os gestos; entusiasmo no verdadeiro saber, que não precisa das máquinas, para o ser. Pasmei literalmente e fiquei como que de pena da, quando acabou. Ontem eu tive à minha frente um professor que quase fez emudecer as paredes e que, num auditório repleto de jovens e de alguns professores, fez da palavra Verbo. Ontem, Pessoa, na pessoa do Professor Doutor Mário Garcia, veio relembrar a importância da cultura e da Língua Portuguesa como Pátria, ao serviço de uma suprema missão civilizacional, tal como a via e se via o poeta. Ontem, Pessoa e Reis e Caeiro e mais o Campos marca