O NOME DO PECADO

É preciso recordar o medo E trazê-lo à luz da hipocrisia É preciso recordar o Holocausto Com olhos viúvos de alegria. É preciso chamar a humanidade Ao espelho da sua cobardia E recordar os corpos desnudados Magros de sonho e fantasia. É preciso recordar os rostos De quem não pediu para nascer E chorar com lágrimas de sangue As crianças que não chegaram a crescer. É preciso lavar o rosto até varrer A poeira libertada da amargura Dos que lixo foram antes de o ser Na cova da anónima sepultura.