ROSTO
Éramos muitos no meio dos cardos
Todos feridos de fúria e de fogo
Mas tardávamos os gestos no silêncio
E adiávamos o golpe das espadas.
Anoitecia lentamente nos espelhos
Onde um ou outro rosto se olhava
Na miragem de um vulcão incandescido.
Doía a noite.
Doía o dia .
Doíam os ponteiros do relógio
Em cada trovoada que tardava.
Doíam os sarcasmos
Doía a humilhação
Doía a combustão.
Tudo me doía, minha mãe,
No rosto que sorria.
Todos feridos de fúria e de fogo
Mas tardávamos os gestos no silêncio
E adiávamos o golpe das espadas.
Anoitecia lentamente nos espelhos
Onde um ou outro rosto se olhava
Na miragem de um vulcão incandescido.
Doía a noite.
Doía o dia .
Doíam os ponteiros do relógio
Em cada trovoada que tardava.
Doíam os sarcasmos
Doía a humilhação
Doía a combustão.
Tudo me doía, minha mãe,
No rosto que sorria.
Comentários
Fabuloso!!!
Parabéns!
Beijinho
Luis
gosto imenso dos seus poemas, dos seus textos literarios. A stora é mesmo uma pessoa mais do que 5 estrelas. :) Parabéns pela pessoa que é. (Já sabe que quando um/a anonimo/a assinar "ola outra vez" deve ser a mesma pessoa!! eu!!!!)
Alda
O seu grau de exigência e o seu magnífico blog deixam os pais tranquilos.
Muito obrigada.
Lindo!Maravilhoso!
És poesia minha flor.
Nunca esqueça o quanto és cativante e amada.
beijos no coração
parabéns,Ibel!
bjnhs mil
beijocas
Comove-me sempre... muito.
Beijinho
Ontem o meu computador insistiu em não querer funcionar. Hoje às sete da manhã, estava renovado.
Um bj.
Isabel
Que fizeram aos nossos rostos,Ibel?Com que bálsamo os regaram?
Anda sede de poder e a gente a obedecer.
Tudo é nada!Tudo!
Deixem-nos viver!