Saudade


Escrevo o meu poema
Ao som de uma saudade
Com esvoaçados cânticos

Em pastos de ternura.
Escrevo o meu poema com verdura
Essa aveludada voz de verdes
Em montes alegres irreais.
Escrevo o meu poema e nada mais.
Que hoje repouso
A espada e a guerreira
Para que seja madrigal
Esta saudade à minha beira.

Comentários

Delfim Peixoto disse…
Um desejo e uma vontade deve concretizar...
Gostei do "repousar a espada e a guerreira"... "para que haja/seja madrigal essa saudade..."
Jnhs.... muitos (issimos)
Cris disse…
Ah minha flor saudade por si só é uma bela palavra...agora quando aperta o coração de uma guerreira...escorrem entre os dedos lindos versos,escapam pelos olhos uma luz úmida.Lindo o repousar da espada para tecer versos minha guerreira.Beijos no coração
Anónimo disse…
olá colega Ibel.Tem saudades do sossego? Estamos exaustos, mas não nos abandone com a sua coragem.
Sara disse…
Não sei porquê, identifico-me com o seu poema... tem qualquer coisa... de ( não sei explicar) telepatia; ou seja, também sinto assim...
bjnhs
Anónimo disse…
"Escrevo o meu poema e nada mais"Fico feliz por ti...mas qual é o verdadeiro significado de "...e nada mais"?
Seja o que for e sejam quais forem as razões... precisas mesmo de repouso!...e o teu poema é sereno.
Cinda
Anónimo disse…
Gosto do poema e adorei a aula de hoje.Já percebi bem a redundãncia e começo a amar a poesia.
Anónimo disse…
Ibel,

É evidente que eu gosto do poema por tudo o que já foi dito, mas também por aquilo que ninguém pôde ver. E é nesse espaço intimo que lhe dou o meu abraço!
Anónimo disse…
A doce ternura do verde sempre presente em ti, espelhada no infinito pasto que habita em teus olhos.....o verde desses olhos é o meu aconchego e o aconchego do pai.

Beijo terno
Anónimo disse…
Gostei muito do poema com verdura. Parece que a imaginei em plena Idade Média, de cabelos soltos ao vento, nos montes irreais.
Gostei muito mesmo do poema. Só não sei se lhe captei o sentido.
bjinho
Isabel
Anónimo disse…
Este poema tem uma grande leveza e muita melodia.
Sei que tem sido uma grande lutadora e venho aqui buscar força.Hoje parece-me ver uma mulher cansada de lutar.Estou enganada?
AC disse…
Todos os guerreiros - guerreira, no caso - carecem daquele cantinho íntimo, só acessível a quem lhes está mais próximo, onde, por momentos, podem baixar a guarda e entregar-se ao simples (mas necessário e fundamental) prazer de estar, de partilhar ternura, de reavivar a fogueira do compromisso...
Contudo, apesar de aguardar na penumbra, a espada está mesmo ali à mão...
É um enorme prazer lê-la!
Elisabete disse…
O repouso da guerreira entre os verdes e aquela "tristeza" doce... A preparar a alma para novas batalhas?
Anónimo disse…
Poema de força!

repousa a espada na...saudade
num recomeço do teu desejo!

Beijinhos

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