O outono já lavou a cara
alagou os olhos
e a sua verve faz tremer os muros.
Não há como fechar a porta
ao assombro do mundo.
Os rios vertem lágrimas para o mar
a chuva desespera de aflição
as armas mutilam sonhos duplicados
a crianças quebradas nos tenros galhos.
A cadência dos passos hesita
entre a morte e o ódio
freme o medo.
Velho é o mundo e não sabes.
Escrito em outubro de 2023, mas com alterações.
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