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A mostrar mensagens de abril, 2009

AINDA TEMPLO

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Ainda é templo, mãe, a quente alegria desse ventre, concha branca, limpo tempo, onde de rosas teu odor foi canto e meu sustento. Tenho água na saudade e só não grito para não acordar o sono repousado no cais abandonado em que me habito.

ABRIR ABRIL

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Abrir de novo Abril Abrir com lírio Um novo abrir De Abril Abril sonhado Abrir Abril em festa E rosmaninho Abrir de novo Abril Já sepultado Abrir Abril de rosa Cor de púrpura E não abrir d’Abril Túmulo caiado Abrir de novo Abril Abrir com lírio Abrir de novo Abril Abril com cravo Abrir de novo Abril Ressuscitá-lo Abrir Abril em asa Abrir de novo E devolver a Abril Abril imaculado Abrir de Abril Abril do Povo.

CHÁ D'ABRIL

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Ah tragam-me um chá Um chá urgente de menta Ou pimenta preta Ou cidreira ou tília Um chá de sabor a terra De eucalípto ou oliveira Numa chávena de Abril. Ah, tragam-me um chá Com aroma a cravo Também pode ser Um chá em clave de Sol Ou em mi(m) maior Ah tragam-me um chá De todas as maneiras Com aroma verde Em vaso de esperança Também pode ser Tenho sede Ah tragam-me um chá De aroma de maçã Que o chá aquece A alma que fenece No frio deste Abril Em que um cravo canta Esganado na garganta.

Páscoa Feliz! Aleluia!

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Por amar de mais morreu pregado numa cruz. Uma morte brutal sem palavras de consolo " Pai, porque me abandonaste?". Apenas a dor de sua mãe estraçalhada em ondas de gritos impotentes em oceanos de lágrimas, pelo peso do mundo que o seu filho carregava no corpo, humilhantemente nu e barbaramente exposto numa cruz, cujo suor escorria em sangue, pelo rompimento de vasos capilares flagelados pelos açoites, pela coroa de espinhos que penetravam o crânio, pelas dores lancinantes de lesões provocadas pelos pregos hediondos e certeiros do martelo implacável nos pulsos e nos pés. Mas no meio da agonia ainda tem palavras para suplicar:"Pai, perdoai-lhes, porque eles não sabem o que fazem". Por amar, morreu. Por amar de mais. E continua a morrer e a sofrer humilhações, na vastidão dos séculos, em holocaustos incompreensíveis de ódio e desamor, num sofrimento vão e inútil, senão para "os que sabem o que fazem". E para esses o perdão e o rosto limpo e as "est
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Por amar de mais morreu pregado numa cruz. Uma morte brutal sem palavras de consolo " Pai, porque me abandonaste?". Apenas a dor de sua mãe estraçalhada em gritos de ondas impotentes em oceanos de lágrimas, pelo peso do mundo que o seu filho carregava no corpo, humilhantemente nu e barbaramente exposto numa cruz, cujo suor escorria em sangue, pelo rompimento de vasos capilares flagelados pelos açoites, pela coroa de espinhos que penetravamam o crânio, pelas dores lancinantes de lesões provocadas pelos crivos plantados pelos pregos hodiondos e certeiros do martelo maligno nos pulsos e nos pés. Mas no meio da agonia ainda tem palavras para suplicar"Pai, perdoai-lhes, porque eles não sabem o que fazem". Por amar, morreu. Por amar de mais. E continua a morrer e a sofrer humilhações, no corredor dos séculos, em holocaustos incompreensíveis de ódio e desamor, num sofrimento vão e inútil, senão para "os que sabem o que fazem&qu