SAUDADE
Vem descendo uma saudade
Do que fui e não provei
Saudade de ter amado
O quanto à vida não dei.
Saudade de minha alma
Ave de sonho a voar
Quem me dera ter as asas
Onde pudera m'achar.
Saudade de mim criança
Junto ao mar a baloiçar
Uma dança ou talvez trança
E meu pai a m'empurrar.
Saudade de ter morrido
Na menina que fui lá
Um brinquedo de boneca
Que me esqueci de guardar.
Comentários
Não me canso de a ler e encontro sempre algo de novo.
Alda
Uma noite tranquila.
Já só falta uma semana para cá tornar… Até lá, um grande abraço.
Fátima Domingues
Está-se bem aqui, onde a companhia é boa e o alimento da escrita magnífico. Mergulhamos nela e sentimos o equilíbrio das coisas feitas e por fazer, os entusiasmos duma meta alcançada, os lamentos duma boneca por guardar...
Há saudade das asas de outrora, mas as de hoje continuam a voar, e muito alto!
Bjinhos.
Beijo
As lágrimas fazem bem, às vezes, sobretudo quando o passado foi maravilhoso.
António João e AC
Eu também gostaria de escrever mais, mas ando com tanto trabalho,que quase nem tenho tempo para ler,excepto livros de estudo e trabalhos dos alunos.Obrigada pelo vosso incentivo.
L.S.S
Realmente tento ser sempre muito autêntica e as aulas sempre foram para mim um espaço onde os alunos têm de gostar primeiro de mim, antes de gostarem da matéria.E cada vez penso que isso é que está certo.Mas a matéria é para saber!!!!
Não sei quem é, mas gostei do que disso.Obrigada
Fátima
É tão bom saber que quem me conhece bem me lê e sabe que é verdadeiro o que sinto quando escrevo!Tu conheces-me...
Isabel
As tuas fotos são poesia pura, amiga!O meu pai ensinou-me a dançar, a andar de bicicleta e de baloiço, a representar, a gostar de rir e a pregar partidas completamente loucas, graças a Deus!Eu e a minha irmã éramos muito felizes e divertidas.
Carla
Realmente, quando criei este blog foi para revisitar o passado e manter vivos os meus pais e a menina feliz que eles criaram com tantio amor!
Luísa,
Felizmente fomos das que tiveram bonecas para recordar.Vi muita pobreza na aldeia onde a minha mãe era professora.Algumas crianças tinham bonecas de trapo, pequeninas, talvez para lhes aquecer a alma, porque o corpo andava quase desagasalhado e os pés descalços.
Tomem lá beijinhos.
Beijinho
porque se viveu algo que nos marcou... e só se tem sudade do que nos fez feliz...
Bejnhs
Beijinho traquinas
Mafalda e Francisca
Delfim,
Há saudades na vida que são bálsamo.A minha infância foi povoada de brinquedos que o meu pai ia comprar ao Porto.Eu adorava bonecas.A minha irmã teve uma que lhe foi dada pelos padrinhos, depois de ter estado muito doente e eu ficava a olhar para ela como para uma princesa.
Sempre presentes e com beijos traquinas(que linda hipálage!).
Beijos estudiosos porque o teste é quarta.
Um grande beijinho Professora Ibel
M.C.L.
beijinho
Cinda
beijo pueril para a mana Ibel
Cinda
Poema lindo, quase caixinha de música!Gostei imenso dele!
Beijinho
A professora escreve bastante bem, nao ha palavras para descrever o quanto.
A Ibel é que é bonita, nao eu :)
Beijinho MARIANA MOREIRA !
Penso em abandonar a blogosfera definitivamente... obvio que virei visitar os amigos, mas acho que apesar de gostar de escrever de exteriorizar, seis anos já é muito tempo e começo a sentir necessidade de um certo recanto... deixarei a Rede de pé para não defraudar expectativas, mas sinto que estou a criar raizes muito presas ao chão... e eu sou ave... e tanto de tanto que necessito de me refugiar no silêncio... não sei... deve ser o "vazio " de tanta coisa dos ultimos meses... vou deixar passar esta semana e decidir...
Bjnhs
Porque, se é verdade que quem escreve, fá-lo por si, para si... para se encontrar, para descansar a alma de uma alegria imensa ou de uma tristeza sem nome, é também verdade que escrevemos para alguém, com a esperança menina de que esses olhos estranhos que reflectem as nossas palavras, vejam em nós algo de bom.
Obrigada
Contudo, é também verdade que escrevemos para alguém, com a esperança menina de que esses olhos estranhos que reflectem as nossas palavras vejam em nós algo de bom.
Obrigada.
E.
As palavras são deuses...
Na minha vida, comportan-se muitas vezes como deuses distantes e altaneiros, tão distantes...
Do fundo da minha pequenez, permita-me que lhe diga que os deuses se enamoraram de si, as palavras não têm, para si, quaisquer segredos.
Escreve tão bem...