CHOVE A MINHA MÂE!

Escorre molhada a água
Que transborda salgada
Dos olhos do céu
Minha mãe não vem
Minha mãe morreu.
Mora minha mãe
Memória acordada
Na saudade acesa
Na noite fechada .
Canta sua voz
Cantiga de amigo
Cantiga de amor
A velida é a Bela
Flor, aguarela
Macia na dor.
Chove a minha mãe
Enquanto eu for
Essa donzelinha
Menina cantiga
Trovador de amor!

Comentários

Anónimo disse…
Bonito, professora Mibel!Posso tratá-la assim?
Quem será o "regato"?Isso não foi na nossa turma...
Vai ter que contar.Já agora pode falar do berro que fez "render"!!!
E ficou tudo escritinho que ela quando manda cuidado com ela!




Beijo
Anónimo disse…
Pena tenho eu daquele que nunca concebeu uma lágrima por outrem. Cada gota de chuva (das nuvens que somos) é uma benção, prova irrefutável de que o vácuo só existe no "cosmos" e não no nosso "microcosmos", este sim preenchido por algo que ainda faz a Belinha pular apesar das intempéries causadas por frustradas trovoadas alheias. Por isso eu digo: chore Ibel, pois para todos os casos "água é vida" e quando salgada escorre esta purifica a alma; mas chore com alegria e música e flores porque foi graças a quem já cá não está que foi, é e sempre será "donzelinha menina cantiga".
Anónimo disse…
Caro anónimo
Não sei de que turma está a falar, logo , o regato pode ou não correr junto de si.Junto de mim ,corre várias vezes ,e eu tenho a sorte de o ver correr e de olhar as suas águas e de ouvir a sua voz, por entre as flores onde se estende.E que voz!
Quanto à história do berro que fez
render", talvez um dia renda uma história, quem sabe?
Gostei dessa provocação.
:)
Anónimo disse…
Oriana
Hoje reli atentamente os dois comentários que aqui foram deixados
por si e penso que o meu coração e a minha intuição não me enganam e que a Oriana é, não quem eu julgo que é, mas quem sei que é de verdade.
Há três anos que convivemos de muito perto ,e quem assim ,de mim fala, é porque soube fazer o retrato ...
Se eu estiver enganada, valem as palavras que aqui deixou e valem os comentários que eu fui deixando escritos...
A Oriana é daqulas que leu o Principezinho e o seu diálogo com a raposa "o essencial é invisível para os olhos; só se vê bem com o coração."
Obrigada por ver por dentro.
:)
Anónimo disse…
Quantas palavras bonitas aqui vão escorrendo...quantos afagos meninos aqui se vão fazendo...oh hora aguda que me trazes quietude!...Oh hora bonina que me choras, em passo de valsa, nas manhãs frias de Dezembro...como te quero!Oh hora bonina que me enfeitas de fantasmas macios e distantes...como te aperto!
Anónimo disse…
Alvorada
Adoro o seu nome, porque na melodia que nele se anuncia(vê como rimou!),vêm frutos de um coração que também partilha da mesma "chuva" que escorre molhada por dentro.
Mas o sol é lindo e hoje é outro dia...
Quem melhor do que a alvorada para
falar da claridade?
:)
Anónimo disse…
Ser Mãe é ser Deus. Minha muito amiga Ibel, os seus poemas são "Frutos de Mimar". Obrigado!

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