Chamaste-me asa
levaste-me ao alto do monte
onde de rosto gracioso
vejo o céu, vejo a fonte
vejo o azul, vejo o mar
vejo o verde no horizonte
e o voo do teu olhar !
Chamaste-me casa
e logo te abri a porta
vejo-te a ti à janela
mais adiante a capela ,
e o nosso quintal defronte !
Chama, chama-me sempre,
rosa acesa perfumada,
e fica dentro da casa
sonhada numa quimera
para que à noite uma estrela
fique a namorar teu rosto
e seja o luar de agosto
a canção da primavera!
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