Como é possível esquecer-te
se me é possível lembrar-te
se foste o afago e o mundo
o rio a correr profundo
na escarpa a despenhar-se?

Como é possível à ave
fugir no voo ao enlevo
se o céu é o seu destino
o azul lençol divino
onde nem se atreve o medo?


Como é possível esquecer-te
se me é possível lembrar-te
afagada em tuas mãos
em pinheiros de verão
que não ousam apagar-te?

Como é possível esquecer-te
se me é possível lembrar-te?

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