Pinhal de Leiria
morto o pinhal, morto o rei, mortas as naus,
mortos os sonhos que plantámos noutros cais,
mortas as aves na vertigem da altura,
que sopro nos trará novos beirais ?
ai flores, ai flores do verde pino,
chorai, como as filhas do Mondego,
a morte escura. ide dizer ao rei
que do milagre nem as rosas
se salvaram da santa esposa,
que Leiria é um cemitério,
um deserto de cinzas,
e que bicos ardidos,
não gorjeiam de azul
na imensidão dos céus cinzentos
ai meu Portugal , meu berço
de três sílabas a murchar,
que me dirás das quinas
que encimaste em todo o Mar?
morto o pinhal, morto o rei, mortas as naus,
mortos os sonhos que plantámos noutros cais,
mortas as aves na vertigem da altura,
que sopro nos trará novos beirais ?
ai flores, ai flores do verde pino,
chorai, como as filhas do Mondego,
a morte escura. ide dizer ao rei
que do milagre nem as rosas
se salvaram da santa esposa,
que Leiria é um cemitério,
um deserto de cinzas,
e que bicos ardidos,
não gorjeiam de azul
na imensidão dos céus cinzentos
ai meu Portugal , meu berço
de três sílabas a murchar,
que me dirás das quinas
que encimaste em todo o Mar?
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