Solto-me pelo lado da rebentação das ondas. O areal acolhe o silêncio dos meus passos. Há redes de peixes trazidas pelos barcos e o musgo das algas adormecidas na praia. Sento-me na almofada da areia a riscar o teu nome e é como se lentamente ecoasse um chamamento a que não acodes. Faz-se noite nos lamentos e agora as marés fazem novelos de espuma nos meus pés mas as águas levam-me a tua voz e a minha vai-se perdendo sobre as dunas que o vento castiga devagar ao cair do escuro. a
A tua voz!
A tua voz!
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