Não posso dormir
sem emprestar ao meu sono o teu sorriso
e enrolar-me nele sem que te acorde.
De que lado tomba esse teu cair de olhos
não sei se frágil se pesado
se brisa se  ramagem se abelha
Sei que a noite se debruça sobre o corpo
e os arbustos do jardim abrem as mãos
para dançar a valsa da noite.
Não lhes escutas a voz a entrar-te no sono
esplendor de negrume alado
e um ardor de asa a roçar-te o coração?
Dorme, corpo solitário, quase gerânimo
quase luz , quase leve,
quase dos meus passos
quase rosa
quase eu
quase.

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