Sou a ave que se espanta
com o cheiro da hortelã
e que assobia e canta
com a brisa da manhã.

Sou a cotovia ardente
a cantar ao desafio
com o rouxinol contente
dentro do mesmo navio.

Sou a garça estendida
no estendal da manhã
a sorrir de atrevida
por roubar uma maçã.

Sou a Eva tentadora
a namorar um sorriso
do Adão meio encolhido
no jardim do paraíso.

Sou apenas um poeta
à procura de rimar
uma rima irrequieta
num poema à beira-mar.

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