FELIZ NATAL, MENINO JESUS!
Que dizer de ti, Jesus que já não esteja dito? Ao menos, no Natal, retiram-te da cruz e retornas à pobreza da riqueza da tua criação: à luz das estrelas, à verdura do musgo, ao aconchego do burrinho que carregou contente o ventre quente de tua mãe, às ovelhas e aos pastores e ao curral onde também uma vaquinha com seu bafo te agasalhou do fino frio de Dezembro; à àgua das lavadeiras, e aos montes com neve, e ao mistério da noite. Não sei se houve pranto nas hora em que saíste, da doçura do mantnto mas na terra houve canto e no presépio sorris eternamente tranquilo, sem o calvário de espinhos e sem a pressa de cresceres para a quaresma eterna. Ao menos no Natal, retiram-te da cruz e dela todos fingem o esquecimento, até os das esmolas. Deixam-te ser menino, apenas menino de todos nós (e isto desde a era dos avós!) até que o novo ano chegue e as janeiras se cantem em dia de reis, por memória tua. Esquecem-te na cruz e reverberas de luz e faz-se a festa do teu nascimento com rabanadas de...