Que farei com as minhas mãos
até ao fim dos dias repetidos
a quem darei estas mãos
que bordam flores
nos caminhos dos pássaros
e são seiva de poemas a escorrer
dos pulsos ao abrir dos olhos?
A quem darei a invenção do amor
e sede do mar ao amanhecer
o pêndulo dos meus olhos
na loucura dos pomares
à boca do crepúsculo?
A quem darei o vidro e o brilho
dos navios navegáveis
no calor azul marítimo
entre um e outro beijo
minha ânsia de morrer aí
a quem?





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