Rasuro nas paredes os ruídos da noite
mas voltam como uivos de ensurdecer
interrogo-me sobre a força da árvore
que não tombou 
fiel à perenidade da raiz.
Ergue-se altiva como um fogo
e incendeia os freios do tronco
habitação inacabada.
Um dia o som marítimo
inundará as horas vazias
e o vento há de dar as mãos
à água, adoçando as marés
num abraço de mistério
para que o poema se escreva 
do outro lado, se o houver. 


16/ 03/ 2020

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