Não castigues o corpo na hora de deitar o sono
escorrega devagarinho por um raio de sol
que guardaste da janela do teu quarto
quando eras uma flecha a arder
e deixa-te levar no colo de Morfeu
até onde puderes recuar na felicidade.
Fica aí nesse tempo, demora-te nele
enquanto houver lua cheia
e uma valsa a ondear teus pés
no chão da festa.
Talvez te encontre num degrau do sonho
que também guardei a lua
e os teus braços, no mesmo chão 
onde o ritmo do coração ventou 
rodopiou valsou soletrou 
a branca flor do coração
na força da água.
Talvez pegue no meu raio de sol
( a minha janela namorava a tua)
e escorregue no teu sono mansamente
sem te acordar
e possamos valsar os passos do desencontro
em passo acertado.

16/03/2020






Comentários

Mensagens populares deste blogue

ESTIO À BEIRA-FRIO

CHÁ D'ABRIL

Velas e rosas apaziguadas.