O regresso por dentro do tempo é um lampião
clareia tudo em círculos lúcidos
como um pêndulo solar 
que reaviva o que vingou da sede.

Tem pés leves, passos mansos
uma cantiga de amigo ao pé da fonte
um mar de mosto sobre a boca
como um pássaro que nos pega na mão
e levanta voo colado aos nossos olhos
no caminho dos pinhais
e outros rumos mais.

O regresso é por vezes,
a mão do indecifrável mistério,
uma cascata de água
a escorrer de seiva
na fundura da noite
ou na boca do dia
um sussurro longínquo
um murmúrio alado

um chamamento
uma canção
a medir o que sobrou do coração.







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